AOS CASAIS

O princípio para a harmonia conjungal

Harmonia - Rádio Árvore da VidaA precisa observação de um especialista durante o ensaio de uma orquestra foi: “Aquele rapaz não está seguindo a partitura nem o maestro enquanto toca; por isso está tocando fora da harmonia do grupo”.
O casamento é como um palco onde dois instrumentos são tocados (pelo menos antes de virem os filhos). Talvez a maioria dos maridos seja como tambores e a maioria das mulheres como flautas. Mesmo sendo diferentes como o tambor e a flauta o são, é possível marido e mulher viverem em plena harmonia se forem restringidos pela mesma partitura e estiverem debaixo da direção do mesmo Maestro. Muitos atribuem à diferença entre os cônjuges a falta de harmonia no  casamento.
Mas na verdade, na questão de harmonia, não se trata de quem está certo ou errado, da diferença de caráter ou personalidade, e sim se estão tocando de acordo com a mesma partitura e seguindo o mesmo Maestro. Assim como em uma orquestra, o casamento não é lugar para alguém exibir a individualidade, peculiaridade e perfeição pessoal. Os que tentaram isso, por melhor que fossem, acabaram ficando sozinhos e tristes no palco da vida.
No Evangelho de Mateus 18:19, lemos: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre entre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.” A palavra concordarem, nesse versículo, pode ser traduzida também como estiverem em harmonia. Isto significa que, quando oramos, precisamos estar em harmonia para que o Pai possa conceder o que Lhe pedimos. Porém alguém pode perguntar: “harmonia com quem?” Certamente não é com a tão moderna “harmonia consigo mesmo” e muito menos com “as opiniões do mundo” que não teme a Deus.  Quando o Senhor Jesus mencionou esse princípio da oração, Ele estava se referindo a estarmos em harmonia com a vontade de nosso Pai que está nos céus. Quando nossas orações estão em harmonia com Sua vontade, certamente o Pai nos concederá o que pedimos.
Estar em harmonia, portanto, requer que neguemos nossa própria vontade, preferências e insistência. Ao falarmos com nosso cônjuge, será que primeiramente olhamos para o Maestro?  Será que o que falamos e o quanto falamos estão de acordo com o que Ele determinou? E nossas decisões? São restringidas por Sua “partitura”, ou será que fazemos uso de uma “partitura” particular e conveniente?
Se realmente queremos harmonia, há um segredo! Mesmo sendo tão diferentes, se seguirmos a Palavra de Deus, a partitura, que é a mesma para todos, e olharmos para o Maestro, que é o próprio Senhor Jesus, como o Espírito da realidade que habita no interior dos que Nele crêem, certamente poderemos estar em harmonia. Assim, poderemos desfrutar da diferença que temos e permitiremos que os outros apreciem a maravilhosa sinfonia da vida conjugal sob a condução do Maestro Jesus! Glória ao nome Seu!

Vamos! Vamos!

Vamos - Rádio Árvore da VidaEm certa ocasião, um marido, preocupado com o horário e não querendo chegar atrasado à reunião da igreja, já saindo de casa, começou a gritar para a esposa: “Vamos! Vamos!” Não demorou muito, em seu interior ele sentiu como que uma doce voz lhe perguntando: “Por que você não ajuda sua esposa a arrumar sua própria desorganização? Assim vocês dois chegarão no horário à reunião!” Imediatamente ele obedeceu àquele sentimento interior e foi ajudar sua esposa;em pouco tempo, tudo já estava pronto e ambos puderam ir felizes para a reunião.
Muitos maridos não sabem que uma pequena ajuda em casa pode liberar suas esposas para servir ao Senhor com alegria. Principalmente os casais que já têm filhos, quantos detalhes são importantes para atentar antes de, por exemplo, ir a uma reunião da igreja: ajudar a dar banho nas crianças e vesti-las; preparar as mamadeiras; procurar as Bíblias e hinários etc. Mas, como no caso descrito acima, há maridos que só se importam com seus relógios e com os horários. Alguns até deixam esposa e filhos para trás a fim de manter a aparência de irmão que sempre chega na hora. Além disso, infelizmente, muitos homens, após se casarem, tratam suas esposas como se fossem suas empregadas.
O apóstolo Pedro, experiente nesse assunto, disse que os maridos deviam viver a vida comum do lar com discernimento (1 Pedro 3:7). Também, complementa ele,  devem tratar as esposas com dignidade, isso é, honrar, apreciar e valorizar suas próprias esposas. Apesar de serem um vaso mais fraco, as esposas não devem ser tratadas como objeto ou como empregadas. Elas foram escolhidas por Deus para cooperar com os maridos no sagrado encargo de servir o Senhor. Se elas forem humilhadas pelos maridos, ficarão tristes e terão muita dificuldade de orar com eles, e as orações serão interrompidas. Quando isso acontece, há uma grande perda para o Senhor, para a igreja e, evidentemente, para o casal.
A vida comum do lar pode parecer sem graça, mas na verdade é uma grande oportunidade para os cônjuges herdarem a mesma graça de vida: a graça de serem salvos de si mesmos. A nossa espiritualidade é testada nas circunstâncias do dia-a-dia. Se as esposas são tratadas dignamente, como Pedro nos admoesta a fazer, como co-herdeiras da mesma graça de vida, também poderão expressar o inestimável tesouro que há nelas. Haverá uma vida de oração normal, e estarão permitindo a salvação de Deus operar em toda a família. Que possamos desfrutar juntos da vida comum do lar e também juntos desfrutar da graça de servir o Senhor. Vamos, vamos ajudar um ao outro a crescer em vida!  Vamos, vamos aumentar as orações! Vamos, vamos juntos servir e expressar nosso glorioso Senhor!
“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pedro 3:7).

A causa e solução dos problemas

A presença de Deus na vida de um casal não pode ser algo temporário, apenas por um momento, apenas enquanto se está nas reuniões ou quando a Bíblia está sendo lida.
Um casal passar por problemas não é algo estranho. Acreditamos que não há nenhum casal que não tenha enfrentado momentos difíceis, que não tenha experimentado algum tipo de dissabor ou atrito. Mesmo assim muitos casais se desesperam. Quando os problemas saem de uma esfera
menor de gravidade para patamares mais perigosos, isto é, em que o próprio casamento fica  comprometido, aqueles que consideram e honram o casamento fazem qualquer coisa para resolver a situação. Alguns buscam aconselhar-se com amigos, outros lêem livros de auto-ajuda e, ainda outros buscam acessória com psicólogos e psicoterapeutas.
Há algo que os casais precisam perceber: que buscar uma solução para os problemas não é verdadeiramente a saída. Resolver problemas conjugais pode ser assemelhado com a atitude da mãe em dar remédio para baixar a febre do filho. De que adianta a febre ir embora e a causa da febre permanecer? Toda mãe deveria perguntar: “Porque meu filho teve febre? Os casais devem preocupar-se mais em saber a origem dos problemas do que procurar resolver os problemas em si.
É bem provável que muitos casais continuarão a passar por problemas até a volta do Senhor. Os problemas na vida conjugal nos auxiliam a ver que somos frágeis e necessitados. Melhor do que fazer careação para saber quem está certo ou quem está errado, é buscar a Deus com o mesmo desespero que corça busca a correte das águas (Salmo 42:1).
Nosso verdadeiro problema não são as coisas que nos afligem: brigas, desentendimento e falta de harmonia. Nosso problema é outro: é a falta da presença de Deus. Todos os problemas conjugais desaparecem quando nosso lar se torna a morada de Deus e o casal vive em Sua constante presença.
“Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos” (Salmo 43:3).

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